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Água Murta

Blogadinha, em 03.04.08

 

Senhora do Almortão, minha tão linda arraiana!
Virai costas a Castela, não queirais ser castelhana... (mp3)

 

 

No segundo Domingo após o Domingo de Páscoa, Idanha-a-Nova cheira a cravos e a rosas,
fundindo nesta harmonia o melhor do mundo sagrado e do profano, em honra da Senhora do Almortão...

 

Reza a lenda que estando um grupo de pastores e ganhões na sua labuta diária, terá o mesmo sentido que algo de estranho se passava por entre uma grande moita de murteiras, no sítio de Água Murta. Aproximando-se do local, depararam-se com uma resplandescente imagem da Virgem: – Milagre! Milagre! – terão exclamado enquanto se ajoelhavam para rezar. Reconduzida a imagem para a igreja de Monsanto, sabe-se lá como...!, conta-se que a mesma terá desaparecido pouco depois, tendo sido novamente encontrada no lugar da aparição – no murtão. Interpretada a descoberta como uma vontade da Senhora, os habitantes da vila construíram no local a capelinha que ainda hoje se pode visitar.

 

Por entre ecos típicos, oriundos da romaria, dos mercados vivenciados em paralelo e dos crentes e/ou curiosos que comungam do campo (nele revelando iguarias locais a serem consumidas, ali mesmo, após a procissão), o toque do adufe e o refrão devidamente trauteado guiam a Santa até à Capela. E ao ano seguinte!
 

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